É bom estar aqui... não posso mentir... daqui a pouco já não mais estarei...
Mas agora, que ainda estou, posso olhar pra trás e ver em tudo o que passou o que hoje sou.
Foram dias de completa alegria? Não, não posso mentir... todo mundo sabe que há dias e há dias...
Houve dias em que a tempestade se fez em minha vida, e eu pensei que nunca mais dela sairia... ou que me deixaria, sim... mas cheia de feridas. Fui ferida... realmente fui ferida... a vida não foi um tudo azul pra mim... nuvens escuras, pesadas cobriram o meu sol, esconderam a luz e tornaram tudo frio ao meu redor...
Tive vontade de desistir? Sim, não posso mentir... não foram poucas as vezes que me arrastei da cama pra me arrastar durante o dia, outro dia e mais um dia...
Mas sempre me refiz. Fiz minha parte... A vida fez arte? Chorei, gritei, esbravejei, lutei... dei murros contra a parede... me machuquei. E me beijei... um beijo sara tudo, não é!?
Aí eu aprendi... aprendi que diante de certas coisas da vida a gente tem que simplesmente se deixar levar, se moldar... se resignar... quantos dias de resignação.... aprendi a não levar tudo tão a sério, nem a me levar tão a sério... afinal nem sou uma pessoa séria... gosto de gargalhar.
Olho pra trás... mas logo volto correndo pro meu presente... Olho pra dentro de mim: sou sensível como uma flor, mas tenho a dureza de uma rocha... também tenho uma bússula interna que me conduz, me orienta, me indica a direção nas inúmeras tempestades de que a vida é feita.
Por isso tudo é bom estar aqui, não posso mentir. Não fosse isso tudo que vivi... como você iria me encontrar?
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