quarta-feira, 8 de julho de 2015

Deus, um delírio.... Acabei de começar a ler esse livro de Richard Dawkins. O título deixa claro que o autor não acredita que Deus existe... e imagino que usará todo o seu escrito para provar que está certo. Quando acabar de ler... saberei se foi essa sua intenção.

Por enquanto...

Um best-seller-surpresa de 2006 - edição capa dura.

Best-seller significa que muita, mas muita gente comprou... e, provavelmente, se comprou... leu. Ou não.

A segunda frase do Prefácio à edição de bolso é a seguinte: "Foi [o livro] muito bem recebido pela grande maioria dos leitores que enviaram suas avaliações pessoais para a Amazon (cerca de mil no momento em que escrevo)". Eis a fala do escritor defendendo suas convicções gravadas em livro.

Mil avaliações.... de um best-seller.... mil não é nada.... não nos dias atuais que com uma facilidade tremenda qualquer um expõe ao mundo o que pensa.

Mas... não é sobre avaliações que quero falar aqui.

Há muita gente que não acredita em Deus... e não precisa escrever um livro de 475 páginas para 'provar' sua descrença. Não acredita e pronto.

Porque na vida é assim.... ou você acredita... ou não. E se você tem um argumentozinho do tamanho de um grão de areia ou 475 páginas de palavras para sustentar sua posição... tanto faz. Você acredita... ou não.

Loyola falou: "Para quem acredita, nenhuma palavra é necessária... para quem não acredita, nenhuma palavra é possível".

Que pena, Dawkins...

Deus existe, sim!


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Abri os  olhos assustada. Isso normalmente não acontece comigo. Acordo lentamente... ou bruscamente, mas acordo. Sempre segura de quem sou... de onde estou... mas hoje foi diferente... acordei lenta ou bruscamente? Não me lembro... a memória tem disso... às vezes nos prega peças. E não há nada que a impeça...

Olho ao redor... nenhum rosto conhecido... passam por mim dezenas de pessoas... com seus passos apressados... sabedores de seus destinos... seguem sem olhar pra mim... sem olhar pra nada... olhares perdidos no nada.

É arrepiante... corre um arrepio de alto a baixo de mim.... e nem sou alta assim.... mas parece que o arrepio nunca chega ao fim.

É tudo cinza.... até as nuvens pesadas... carregadas no horizonte prenunciam um dia de horror.

Como eu disse: eu nunca tenho dúvidas de quem sou.... nem de onde estou. E isso me dá uma segurança tremenda... sei quem sou. Punto e basta.

Agora, nesse dia cinza, tudo ficou mais cinza.... tão cinza que a massa cinzenta ao redor do meu cérebro se camuflou.... e parou.

Quem sou? Onde estou? Entendeu o arrepio?

Coração aos pulos dentro de mim. Fecho os olhos e grito!

... Um cutucão....

"Não acredito.... pesadelos de novo!?"

Abro os olhos devagar.... o quadro de Monet (imitação, of course) na parede faz meu coração voltar a bater no ritmo normal....

Ah!!! a normalidade da vida.... Faz um bem ;)