segunda-feira, 29 de junho de 2015

Pouquíssimos... bem pouquíssimos de nós vive à beira da eternidade. A grande maioria de nós vive com os pés pregados bem aqui, como se o caminho fosse apenas o que estamos acostumados a caminhar, como se tudo o que existisse é o que os nossos olhos estão acostumados a ver e o nosso coração a sentir... e o que não vemos!? Bem... nós já aprendemos a pelo caminho com os pés a caminhar...e com as mãos a tatear.... até conhecido tudo ficar... ou mais ou menos...

À beira da eternidade... é um mundo bem desconhecido pra grande maioria de nós. Estamos tão acostumados ao aqui e agora... ao passado que já foi embora... a um futuro mais ou menos no escuro... sim... mais ou menos... pois, se prestarmos bem atenção, nosso hoje que deixou de ser nosso amanhã é pelo menos 50% do que planejamos... e aos outros 50% nós nos ajeitamos... choramos, gritamos...  nos revoltamos, mas no fim das contas... aceitamos... ou mais ou menos...

Quanto do que está a acontecer ignoramos? E que eternidade esperamos?

Pois é... não seria nada ruim se a eternidade fosse o que queremos que fosse. Mas não é! A eternidade será o que deve ser... não, não pague pra ver. Será sim.... será e fim.... mas não será o fim.... será a eternidade...

Muitos podem negar... muitos podem de olhos bem fechados ficar... muitos podem assim pensar: "resolvo quando a hora chegar".

Viu!? Vai chegar... o caminho é o agora... o presente é o agora... a eternidade pode começar bem agora... ou daqui a pouquinho... ou daqui a um pouquinho mais... mas nenhum de nós vai conseguir deixar a eternidade pra trás.

Então, my dear... bom seria começar na eternidade pensar... para a eternidade se preparar... você... porque ela - a eternidade - já está preparada.

quarta-feira, 17 de junho de 2015


 O mundo é feito de diferenças...

Observe duas zebras... à primeira vista parecem iguaizinhas com suas listas pretinhas... aparentemente iguaizinhas... mas são tão diferentes como o são as impressões digitais.

Evoluído é quem aceita a diferença.

Mas não é tão fácil assim aceitar, não é!?

Tenho minha opinião própria - sim, percebi a redundância - e me agarro a ela... como se disso dependesse minha vida inteirinha. Defendo minha diferença como a ideal. E fim de papo.

Conviver com a diferença... bem viver com a diferença... eis o desafio.

Sim, o desafio porque, no fundo, no fundo, preferimos um mundo perfeito, onde todos assinariam embaixo de nossa forma de pensar, aplaudiriam e copiariam nossa forma de viver... um mundo onde seríamos o astro maior com uma constelação de humanos a gravitar ao nosso redor.

Unificação total...

Que monotonia seria cada dia... sem cor... sem sabor.... e, sim, sem dor ;)

And viva la différence!!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Matei um homem... pois é, matei..

Não, não... não foi nada premeditado... pela minha cabeça matar alguém jamais havia passado . Mas agora estou aqui encolhida, apavorada, assustada... com um medo enorme do futuro. Fugir!? Me matar!? O resto da vida na prisão ficar!?

Óbvio que será a terceira opção. Não saberia viver fugindo. E sou covarde demais pra me matar.

É engraçado que cada manhã que amanhece traz junto um monte de coisa que com o passar das horas acontece... e hoje uma das coisas que a manhã trouxe pra minhas mãos - ou melhor pro meus pés... depois explico - derramar o sangue de alguém - também não foi morte com sangue derramado... isso aí foi só força de expressão.... logo, logo, você vai entender.

E a culpa é toda da manhã que trouxe o que trouxe consigo pra mim: a responsabilidade da morte de alguém.

Mas vamos aos fatos!

Aproximadamente 23 horas. Corro no beira mar. Silêncio. Frio. Escuridão. Chuva fraquinha... e eu sozinha.

Imersa em pensamentos, corro como o vento. Respiro fundo, paro por um segundo.

A beira mar é linda.... milhares de pontinhos de luz piscam e piscam ao longe. Uma maravilha!

Um homem deitado dorme.... embriagado!?

Eu me aproximo pé antepé. E com o pé empurro-o na direção do mar (lembra que eu falei que não foram as minhas mãos!?). Um baque. Dou uma espiadinha a tempo de vê-lo afundar. Nem uma gora de sangue derramado... entendeu!?

Se eu não tivesse saído pra correr... se o homem não tivesse decidido naquele lugar adormecer... se a chuva fosse um temporal... se eu tivesse passado mal... um milhão de 'se' passa pela minha cabeça... são tantos 'se' pra nada disso acontecer.

Mas aconteceu e pronto.

Agora estou eu aqui encolhida, perdida... com medo de ouvir algúem na porta bater... ou o celular tocar. Eu atender... e a polícia dizer: "Fique onde estás.... iremos aí te prender!

"Lonely lovers symphony...' é o toque do meu celular a me acordar.... 7 horas... hora de levantar!

Ufa!!!


sábado, 13 de junho de 2015

O Diabo veste Prada.... definitivamente...

Não, não estou aqui pra falar do filme.... nem de Prada - sonho de consumo.... hahah só sonho mesmo... estou aqui pra falar do Diabo mesmo.

Não, não... não sou uma expert em Diabo... diabos... Satánas... nada disso. A única coisa mesmo que sou é uma odiadora do Diabo. Odeio o Diabo com todas as minhas forças.... odeio demais, mesmo.

Olha só... pensa comigo... como é que o idiota quis tomar o lugar de Deus!? O Diabo não estava no inferno... em meio a sofrimentos, angústias, torturas, amarguras, queimuras, agruras... sofruras... nada disso... Ele estava no bem bom... veja bem... no bem bom... mesmo.

E quis tomar o lugar de Deus.... pode isso!? Pode né!? Porque foi o que aconteceu. E daí... daí deu no que deu.

Hoje tá todo mundo sofrendo as consequências... todo mundo.... todo o mundo.

Não fosse o Diabo ficar com inveja de Deus... estaria todo mundo.... e todo o mundo no bem bom... mesmo.

Mas o que quero falar que o Diabo não é nadinha idiota quando quer conseguir algo que quer... Ele não aparece como Diabo, não. Não tem cara e coragem pra aparecer com sua própria cara... Ele põe uma cara.. se mascara... se disfarça... e cheio de graça... nhac...

O Diabo veste Prada... usa Gucci... chega perfumado com Hermès... enfeitado com Swarovski... marca o tempo com Rolex...guarda suas tralhas numa Louis Vuitton... e nunca... nunca perde o tom.

Exagerei um pouquinho...eu sei, amigo...

My dear friend, às vezes o Diabo só aparece bonitinho... e tchan...tchan...tchan...tchan... é o suficiente pra engolir gente.

Prestatenção!!! Onde está seu coração? Porque é lá que ele vai passar toda a eternidade... e eternidade é tempo pra burro.... ou não ;)

domingo, 7 de junho de 2015

Encolhida na cama, sozinha no quarto escuro... os pensamentos do que poderá acontecer comigo não me deixam pregar o olho... me viro pra um lado... me viro pro outro.... e nada de conseguir dormir...

Consciência pesada é uma droga... pra não dizer um palavrão que ia pegar muito mal a uma dama.... ou quase dama... por que não sei se se pode considerar quem rouba um violão - assim do nada -  uma dama. Damas não roubam.

Pois é... roubei um violão. Também... por que ele tinha de estar tão a mão. Ficava dioturnamente em cima de uma das cadeiras de vime com almofadas floridas - flores azuis em cima de um fundo vermelho - na varanda da casa da minha vizinha.... bem ao lado da minha.... pedindo pra ser roubado. E eu roubei.

É um pouco nebuloso na minha cabeça o momento do roubo... por que não me lembro dos detalhes... só o que está bem claro agora é que o  violão que estava sempre em cima da cadeira na varanda da casa da minha vizinha agora está escondido no quarto ao lado aí do meu - quarto de visitas - entre a cama e a parede, embaixo da colcha de crochê de fio de algodão feita por mamãe.

Mas ele não poderá ficar indefinidamente lá. Certamente uma hora alguém vai encontrá-lo... e vai querer saber de quem é. Meu Deus, onde vou esconder um violão!? Um violão.... Estou com um problemão. E o pior é que nem sei por que razão roubei o maldito violão... nem toco... nunca tive coordenação nenhuma pra com a mão esquerda fazer nascer um dó... um ré... um mi.... e com a mão direita tocar as cordas de forma tal que saia um som que faça qualquer sentido. Fosse um piano... ainda vá... sei em que tecla o dó está.

Melhor é devolver o violão. Amanhã... assim do nada, posso bater na porta - toc... toc... toc... - e quando minha vizinha atender, fazer a maior cara de inocente do mundo - vou ficar vermelha...já sei - e dizer: "Olha só...   mamãe pediu pra eu entregar este violão pra você... alguém entregou pra ela e disse que tirou daqui de sua casa...'

Que burra!!! É óbvio que minha vizinha vai querer saber  com mamãe quem foi esse alguém... e aí a história virá à tona... Ro-san-ge-la é uma ladra.... de violão.

Mas, quem sabe... também posso ir agora.... pé antepé... e colocar o violão debaixo do pé de limoeiro que fica no pomarzinho ao lado da casa da minha vizinha... amanhã alguém o encontra e caso encerrado... o violão foi perdido e encontrado. Mas meu coração já bate descontroladamente aqui.. só de pensar que na hora H todas as luzes da cidade irão acender - como grandes holofotes em minha direção - gritando: pega ladrão... ou ladra no meu caso.

Por que não tive medo de pegar o violão!? E em plena luz do dia, mamma mia!!! É claro que alguém deve ter visto... alguém sempre vê. Quantas vezes já vi alguém dirigindo colocar o dedo no nariz... e a pessoa nem percebeu que eu estava vendo... alguém sempre vê... definitivamente... alguém sempre vê.

Ouço barulho na fechadura... a porta de entrada abre... vejo por baixo da porta que a luz foi acesa... ouço vozes... seguro a respiração e faço de conta que estou no sono profundo... ainda não cheguei ao sono REM - mas qualquer observador atento vai perceber que estou dormindo de mentirinha. Os sinais da mentira são visíveis.

Alguém toca meu ombro... acordo sobressaltada....

Ufa... não roubei nada... percebo... agora... que estou acordada!