sábado, 26 de abril de 2014

Agora, olhando assim de retrospectiva, você consegue ver o absurdo da coisa toda. Não era pra ter perdido esse amor... não desse jeito, tão sem jeito... em plena luz do dia. Afinal, estava bem diante de seus olhos, bem dentro de seu coração... como você deixou escapar alguém que o fez tanto suspirar? Nunca você havia suspirado assim por alguém; na verdade, nunca havia suspirado por alguém... e o pior, ainda se pega suspirando.

De manhã você se pega odiando a si próprio pela falta de coragem... à noite, você bebe pra acreditar que tudo é uma tremenda bobagem... e o pior é que acredita e desafoga sua dor em outros braços.... mas de manhã a luz do sol bate de frente com a sua covardia... é só mais um dia - você pensa.

Mas de novo você pensa: onde foi que errou? Em que momento você pegou a via errada? Agora você está na sua estrada - acompanhado, claro... mas tão só - e você se sente tão idiota porque sente o tempo todo que está esperando... está com um encontro marcado com uma pessoa que desapareceu no ar límpido da manhã... sem deixar rastros - melhor que não tenha deixado rastros... se os tivesse deixado, você, certamente, rastejaria atrás... como um cão... melhor mesmo que tenha sumido, você está realmente disso convencido. Ou não?

Também, tanto faz... a sua vida é uma grande bobagem transitória pra se preocupar com quem fica nela ou dela sai...

de qualquer forma todo mundo um dia dela há de sair mesmo... nem você vai ficar... e você suspira mais uma vez... enquanto toma um outro gole pra se embriagar.

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