terça-feira, 9 de abril de 2013

Mais um pouquinho sobre Monalisa... eu... você... você... e você.

Todo mundo é só. Todo mundo sente solidão... em graus diferentes, mas sente.

Solidão é um sentimento de profundo vazio, de isolamento total. Você pode até estar acompanhado com outra pessoa... pode estar no Scarpeli no show de Roberto Carlos (pra aproveitar um exemplo próximo geografica e temporalmente) ou no estádio do Maracanã, assistindo a um FlaFlu... Você não está isolado... está acompanhado de uma multidão anônima.

A “solidão era a sorte dos espíritos excepcionais”, quem disse isso foi Schopenhauer. E foi Vitor Hugo quem escreveu: “todo o inferno está contido nesta palavra: solidão”. E muita gente diz que o século XXI desconectou as pessoas...

O que eu acho disso?

Penso que a solidão pode ser a sorte de qualquer espírito... que a solidão pode ser o inferno de qualquer um... e que não foi o século XXI que desconectou as pessoas... elas nascem desconectadas.

Andamos pelo mundo ao acaso... vivemos uma sucessão de acontecimentos passageiros... somos passageiros rumo ao vazio... ao nada. No fim só o fim. Sem você, sem mim. Meros produtos de uma grande liberação de energia, da grande explosão cósmica há cerca de dez... vinte bilhões de anos.

E a Monalisa continua lá no Louvre, totalmente só, com seu sorriso enigmático... só pensando: “como é que você consegue conviver com essa crença”?

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