sábado, 27 de setembro de 2014

Não lembro se li em algum lugar ou se ouvi de alguém algo mais ou menos assim: "Quando duas pessoas nascem pra ficar juntas, elas ficarão juntas. É o destino".

O destino...

Isso de acreditar no destino é ao mesmo tempo cômodo e desesperador. Acreditar ou não, eis a questão?

Cômodo: toda a responsabilidade sai de suas costas, você anda leve... só segue o roteiro (não consegue ser sorrateiro, nem tente)... acreditar no destino é uma verdadeira acomodação - sem incomodação, você segue o prescrito e vive o escrito com a pessoa que tem na sua história você escrito. Sem incomodação... nem pra um, nem pro outro... pois foram feitos um pro outro... Beleza! Beleza pura... e quando você ama de verdade a pessoa que lhe foi destinada então, meu... você deve supersuperesesuper agradecer quem sua história escreveu.

Desesperador: Não adianta você fazer mil malabarismos quem não nasceu pra ser seu não será e pronto. Mas 'eu te amo'....  'e eu com isso... não estou em sua vida escrito'.

Ou... pode ser assim: 'não te amo mais, na verdade nunca te amei... ao ficar com você só errei'. Mas você está destinado a ficar do lado - de quem não ama, de quem não quer... de quem só lhe faz mal... você está destinado a essa vida afinal... até o final. Dios mio!! não, não... não há Deus pra lhe ajudar.

Melhor mesmo é não acreditar... você tem esperança de que amanhã o que você realmente QUER é o que VOCÊ vai encontrar....

E quando o amanhã chegar e o que você quer não conseguir encontrar nada de se desesperar: tudo acontece na hora certa... você só tem mesmo é que esperar...

Que destino que nada?

E eu... se eu acredito no destino? Se eu acredito que traço meu próprio caminho ou se sou arrastada numa estrada já preparada?

Eu, às vezes amo a comodidade da irresponsabilidade... já em outras vezes acho desesperador ser um mero ator.

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