E a vida enlouqueceu... enlouqueceu de repente... e enlouqueceu definitivamente.
Começou
o ano bem... os primeiros dias foram de euforia. Afinal eram tantos
planos... e com tantos planos não há como ensandecer... há que se
contorcer pra fazer acontecer.
E os dias foram passando... verão
por aqui... inverno por lá. O calor tava quente demais por dimaix da
conta de suportar, fritando miolos... o frio era de rachar... pés,
lábios, miolos...
O verão queimou quase tudo por aqui... o frio queimou quase tudo por lá.
Mas sempre há esperança de se renascer das cinzas, como Fênix...
E a vida se mantinha nessa esperança louca... que, diga-se de passagem, não era coisa pouca.
E
veio o outono pras bandas de cá... e pras de lá... a primavera chegou.
Ambos só de nome... nem flores lá, nem frutos aqui. Nadinha? Nadinha?
Não... alguma coisinha... mas coisa pouquinha.
E era pra ser a
primavera da vida... mas, coitada, ela estava tão ferida, que por aqui
os frutos nem amadureceram, apodreceram de vez... aos pouquinhos foram
despencando definitivamente.
A vida desiludida olhou pra trás,
olhou pra frente... e percebeu... em tempo!? Percebeu que seguindo em
frente estava definitivamente caminhando para a morte.
Enlouqueceu definitivamente...
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