Um terremoto... um simples terremoto... se se pode falar em simplicidade quando se trata de terremotos...
e ele foi jogado pra longe da zona de conforto que era sua vida... tudo sob controle, o olhar sedutor... e ele seduzia... e ele sorria.
Mas um terremoto... maldito?? terremoto? Nada acontece por acaso... tudo é um sinal - nem tudo, talvez, pequenas coisas podem não passar de simplesmente simples pequenas coisas... e grandes coisas também... simples grandes coisas...
mas um terremoto...ah! um terremoto... desestrutura, vai, concorda comigo? amigo... ex-amigo... novo amigo... futuro amigo... amante... amado.... um terremoto deixou-o mesmo foi desesperado.
das profundezas do seu ser emergiram dezenas de lembranças... morreram, outras... soterradas pelo peso da consciência... bendita consciência... ainda bem que ela existe - não na mesma medida em todos... mas existe... e cutuca... e cutuca... às vezes até doer...
as feridas? lembranças tão feridas...
mas ele saiu ileso, segue vivendo - pela metade - sua própria vida... que nem é tão sua assim... - mas ele faz de conta que acredita - na verdade, é o único jeito que encontrou pra conseguir ir adiante... acreditar.
e ele é inteligente, muito inteligente... inteligente por demais da conta... e quando faz as contas... ah! quando faz as contas percebe que se enganou... volta e meia ele volta... devagarinho... assim como não quer nada... dá o ar da graça... meio sem graça... volta, seduz, sorri e volta...
ele volta... e sabe por que razão ele volta? Porque lá do fundo da memória ele vê um contorno de uma vida que acredita que poderia muito bem ter sido a sua... uma vida que ele adoraria ter vivido antes... antes = quando era inteiro.
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