segunda-feira, 5 de maio de 2014

Quero fugir... fugir da morte... essas palavras deveriam escapar dos dentes cerrados de todo mundo.

Morrer...o que realmente significa? Não há resposta clara, límpida e única, você há de convir comigo.... tudo o que realmente temos são conjecturas... suposições... eu penso isso, você pensa aquilo, ele pensa aquilo outro... e assim por diante... é, a morte é tão incompreensível quanto inevitável.... a morte tem mil respostas e um único fim: é o fim de tudo. Ou não? É um começo? Um começo de algo que nossos sentidos limitados à nossa condição de sermos vivos não nos permitem sentir? Pode ser?

Por enquanto, você que está lendo este texto está biologicamente ativo - e tantos outros que não o estão lendo também estão biologicamente ativos... vivos. E depois? Daqui a pouco pra alguns... daqui a um pouco mais pra outros... lá na frente pra outros... mais lá na frente pra outros... e assim por diante... não haverá depois.

Agora você deveria chorar... sim, é inevitável não chorar diante da inevitabilidade da morte quando se está bem vivo.Você deveria chorar diante da inevitabilidade do fim. Você deveria chorar diante da inexistência do depois. Ou não? Você não deveria chorar? Há realmente um depois... ou não passa de mais uma suposição? Ou não?

Pra terminar esse papo sinistro de morte - afinal de contas você quer mais é saber de viver -, acho mesmo que você deveria chorar por manter os dentes cerrados. Chorar por manter a mente anestesiada. Chorar e chorar, e chorar um pouco mais por ter de enfrentar a morte um dia...

a menos, é claro, que Alguém já a tenha enfrentado por você ;)

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